Mais sobre Bento Gonçalves
Bento Gonçalves | |
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| Município do Brasil | |
Panorama da cidade a partir do bairro Planalto Pipa Pórtico Vinícola Salton Ponte Ernesto Dornelles Igreja Cristo Rei e Praça das Rosas Casa das Artes Monumento ao Imigrante |
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Bandeira Brasão de armas | |
| Hino | |
| Lema | Paz e trabalho |
| Gentílico | bento-gonçalvense |
| Localização | |
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Bento Gonçalves |
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| Coordenadas | 29° 10′ 15″ S, 51° 31′ 08″ O |
| País | Brasil |
| Unidade federativa | Rio Grande do Sul |
| Região metropolitana | Serra Gaúcha |
| Municípios limítrofes | Norte: Veranópolis Leste: Pinto Bandeira Sudeste: Farroupilha Sul: Garibaldi Sudoeste: Santa Tereza Oeste: Monte Belo do Sul Noroeste: Cotiporã |
| Distância até a capital | 109 km |
| História | |
| Fundação | 11 de outubro de 1890 (135 anos) |
| Administração | |
| Prefeito(a) | Diogo Siqueira (PSDB, 2025–2028) |
| Características geográficas | |
| Área total | 273,576 km² |
| População total (Censo 2022) | 123 121 hab. |
| • Posição | RS: 16º BR: 248º |
| Densidade | 450 hab./km² |
| Clima | subtropical (Cfa) |
| Altitude | 691 m |
| Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) |
| CEP | 95700-000 a 95714-999 |
| Indicadores | |
| IDH (2010) | 0,778 — alto |
| • Posição | RS: 16º BR: 145º |
| Gini (2010) | 0.44 |
| • Posição | RS: 152º BR: 1029º |
| PIB (2021) | R$ 7 498 499,273 mil |
| • Posição | RS: 14º BR: 196º |
| PIB per capita (2021) | R$ 60 918,83 |
| Sítio | www.bentogoncalves.rs.gov.br (Prefeitura) www.camarabento.rs.gov.br (Câmara) |
Bento Gonçalves é um município do estado do Rio Grande do Sul, na Região Sul do Brasil. Ao longo de sua história, já foi conhecido como Cruzinha e Colônia Dona Isabel. A cidade foi erguida na sede da Colônia Dona Isabel, distrito da cidade de Montenegro até 1890. A área era percorrida por indígenas caingangues, os quais se fixavam em pequenos grupos, especialmente nas margens do Rio das Antas, mas estes foram desalojados progressivamente pelos chamados “bugreiros”, abrindo espaço, no final do século XIX, para que o governo do Império do Brasil decidisse colonizar a região com uma população europeia. Desta forma, milhares de imigrantes, em sua maioria italianos da região do Vêneto, mas com alguns integrantes de outras origens como alemães, franceses, espanhóis e polacos, cruzaram o mar e subiram a Serra Gaúcha, desbravando uma área ainda quase inteiramente virgem.
Depois de um início cheio de dificuldades e privações, os imigrantes conseguiram estabelecer uma próspera cidade, com uma economia baseada inicialmente na exploração de produtos agropecuários, com destaque para a uva e o vinho, cujo sucesso se mede na rápida expansão do comércio e da indústria na primeira metade do século XX. Ao mesmo tempo, as raízes rurais e étnicas da comunidade começaram a perder importância relativa no panorama econômico e cultural, à medida que a urbanização avançava, formava-se uma elite urbana ilustrada e a cidade se abria para uma maior integração com o resto do Brasil. Durante o primeiro governo de Getúlio Vargas houve uma séria crise entre os imigrantes e seus primeiros descendentes e o meio brasileiro, quando o nacionalismo foi enfatizado e as manifestações culturais e políticas de raiz étnica estrangeira foram severamente reprimidas. Depois da Segunda Guerra Mundial a situação foi apaziguada, e brasileiros e estrangeiros passaram a trabalhar concordes para o bem comum. Em 2016 o município adotou o talian como língua co-oficial, ao lado da língua portuguesa.
Atualmente, a cidade é o 16º município mais populoso do Rio Grande do Sul e o 248º município mais populoso do Brasil. Sua economia se baseia na produção de uva e vinho, no turismo e no setor moveleiro, sendo o maior polo moveleiro e um dos maiores polos industriais e turísticos do Brasil.

